As paredes brancas do quarto... o teto granulado
Os instrumentos ao redor do colchão...
Era o cenário do ninho...
O colchão encarnado era a superfície dos desejos
Dois corpos entrelaçados e quentes
Bravamente trocavam afagos no calor do dia de domingo
A semana começava diferente e excitante...
O lençol estampado que cobriam os corpos
Eram suas tatuagens espalhadas no rubro cobertor insano...
O vício alcoólico encobria o hálito
Misturado a fumaça que pairava no ar...
O sabor parecia desejo...
O desejo parecia sabor...
Os dois corpos eram alimentos
Trocados de boca a boca... de beijos em beijos
O líquido que corria nos corpos marcava o combate caloroso...
Chegavam quase no fim...
Depois de abatidos...
Seus corpos foram colocados na mesa no café da manhã da segunda feira.
Lá fora o sol abre a janela e o latido dos cachorros se mistura ao barulho dos carros na rua.
Às vezes o mundo quer nos comer... nos tornamos alimentos uns dos outros... às vezes queremos comer o mundo... sentir os sabores... e alimentar-se dos desejos que os outros querem nos dá.
Eita porra!
ResponderExcluiradorei! eu concordo plenamente! do mundo, do comer, de nós!
p.s. tenta musicá-lo, daria uma musica bem calma... ao menos tentei ler desse jeito.
Um Beijo!
vou pensar..valeu a dica magno!
Excluirlindao !!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirMuito bom o texto, adorei!!!! ;)
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