Eu acho que tenho problemas



Penso que às vezes eu preciso estar sozinha, fumando um cigarro, ouvindo uma música e deixando o tempo passar deitada sobre a areia da praia... me disseram que contar estrelas fazia bem... eu acho que gosto disso... o barulho do mar... e o movimento constante das ondas me tranquiliza e renova meu ser... isso me faz feliz...

Estou buscando momentos felizes... tentando viver em um... tá difícil mas tô tentando... de vez em quando me sinto bem feliz assim

As pessoas não se importam com quem é só...
Elas simplesmente se afastam porque acham que temos problemas.


Deixaste um rastro teu no meu jardim

Procurei tentar te esquecer, amor


Não quero que venhas enxugar meu pranto

Não quero mais teu olhar no meu
Nem teu beijo bandido
Escondido entre as paredes do quarto
...
"Não quero mais amores cegos"
Eu já disse isso outras vezes...
Ai quem me dera enxergar as coisas
...
A distância e a amizade ...
Porque eu sempre penso em ti para escrever
Queria te esquecer
Mesmo que por uns instantes...
Acho que preciso tomar um porre
Ou quem sabe adoçar a minha vida
Para esquecer as amarras que deixasse em meu peito
Beber daquele vinho que jogaste em minha roupa

Prefiro deixar-te seguir...
E vou sumir...
Sem deixar rastro no caminho
Vou buscar uma nova rota...
E deixar que meus cachorros apaguem o teu rastro no meu jardim.

Um balanço ao ar livre


Eu tenho um compromisso com o vício
A embreaguez amorosa me perfura a alma
O meu desejo insano de beijar e te deixar beijar está esgotado
Me lembro dos tempos bons e quentes...
Das noites sem luz...
Dos recados guardados...
Dos desejos distribuídos...

Como um pedaço de maçã
E desejo me deleitar novamente sobre ti... não posso
A fonte do pecado é jogada em minhas compras
Penso em comê-la...
Uma minúscula quantidade, apenas o suficente para me levar a ti...
Agora sou Eva...

Me perco no pensar...
Misturam-se hálitos embreagados no lençol de solteiro
Abraço-te ... nossos corpos intocáveis agora entrelaçados
Me faz relembrar...
lembrar...lembrar...


Pobre do meu coração, que não sabe amar assim
É egoísta e fugaz... deixando o rastro para o próximo que for colher flores em meu jardim.

Talvez eu seja idiota por não conseguir ouvir estrelas... me balanço na varanda e fumo mais outro cigarro... a lua inteira agora é um manto negro... SILÊNCIO.

Queria algum momento para não pensar... Talvez seja uma coisa boa


Um dia desses...
Quando a gente pensa que a solidão deu trégua, ela reaparece
Eu...Deitada em almofadas brancas e plumosas sinto ela me abraçar
Não consigo fechar os olhos... Medo
Queria que os momentos felizes, passados a poucos, repetissem inúmeras vezes
A impressão que tenho é que recebo um abraço frio no tempo antecessor do meu ato de dormir...
Queria que fosse mais tranquilo tudo isso
Manhã de hoje... o calor me leva ao mar
Tenho me sentido muito só
Mesmo quando estou com outras pessoas, me sinto aquém dessa felicidade
Que eu prefiro chamar de pseudofelicidade
Na qual esbanjam os corpos sorridentes passando pelas areias
Agora...
Enterro no meu quintal o desejo de ser dois...
Muito me cansa procurar a soma...
A unidade vai ser tudo que vou buscar nesse instante
Quero beber um pouco, me embreagar... talvez...
Um gosto de vinho escorre em minha boca
Vou acender um cigarro e deixar a noite me levar
Feito uma pipa que corre com o vento
Cravo meus pés no chão e penso em todas as novas possibilidades de levar a minha vida.

Os colaterais são os piores efeitos


Não há disfarce que resista aos efeitos colaterais da embriaguez
Todos os setimentos são acionados
Sinto saudades, choro, dou risada...
Até mesmo fico muda... no espaço que vaga em minha cabeça...
Fumo um cigarro...
Olho ao redor e percebo que tudo que me rodeia são retângulos de concreto...
Me perco no vazio suspenso do chão...
Ela, a solidão, dá um nó no meu peito e tudo o que penso
É deitar no sepulcro que guarda minha morte 
Tenho muito medo...MEDO
Muito medo de ter coragem... porque não sou de nada
E não consigo controlar minhas ações.

Preciso sair daqui


A agonia se repete... sinto uma moleza ... deito em meu sofá antes que um súbito clarão me apague e eu caia no chão... não sei bem o que é isso... uma confusão de ideias e impressões... apenas o locutor e sua seleção compõe a trilha sonora da madrugada quente da segunda feira... Penso que preciso é de um ouvido que me escute... Me sinto rodeada e ao mesmo tempo solitária... Preciso de um espaço cerebral em que minhas palavras tornem-se vivas e eu também... Não sei até quando vou aguentar essa solidão...  Espero que isso passe logo... 

De vez em quando eu tenho pesadelos suicídas e isso muito medo me dá... Tenho tentado me distrair para não ter impulsos reais.

Preciso sair do breu do coração de quem amo.