Para: "ele que dizia que queria morrer doce quando o mundo acabasse em mel"

Uma leve brisa soprava os rostos na tarde de sábado
O ar frio e denso impulsionava os pulmões
Uma fumaça leve e constante cortava nossos olhos
O vermelho mar de flores era rodeado por ipês
E as cordas de náilon cantava os acordes da nova canção

Uma viagem... uma música... uma nova sensação
Dois dias...duas pessoas... 2/4
Três idas ao Mar... três notas musicais 


"Estou aqui sentado no chão
Bicando o céu, fumando só
Então pensei por que não viver aqui" (Mutantes)

A trilha era embalada pelo ronco do carro e um rock'n roll psicodélico
Um gole de água doce passava em nossos lábios
E o brilho da cidade penetrava em meu olhar...
As serras e breus escondidas nos verdes ao redor
era o caminho do silêncio em par com a escuridão do céu estrelado.

"Preparar a água,
     secar o mar,
           secar o bar:

naufragar é preciso" (Afonso Sarmento)

Um naufrágio nos líquidos ingeridos no último fim de semana
Embriaguei... Serenei...Cantei...Senti...

"sem filtro jogado na grama um corpo vadio"



Cores...Tons...
        Flores...Matos...Terra...
                 Fumaça...Neblina...Um cigarro...
                                                            Uma nova canção...

O bloco de algodão (doce) que passava na tarde do último fim de semana hoje é marcado pelo teto de papel marchê da minha sala de estar... fumo um cigarro e escuto os sons dos ônibus que passam na outra rua... sinto falta do silêncio... SILÊNCIO... preciso voltar lá.


Viçosa e Mar Vermelho... ainda guardo em minha pele as sensações do último final de semana

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